terça-feira, 23 de junho de 2020

segunda-feira, 22 de junho de 2020

Portugal 47: Na véspera de Natal, a monumental Sé Nova

...era um claustro deserto, as capelas mergulhadas na sombra. Uma fita plástica de luz iluminava apenas o centro da sagrada família e uma estrela incrustada de pequenas lâmpadas coloridas, de tamanho desconforme, colava à parede fria vultos de pastores, carpinteiros, moleiros, lavadeiras e outras figuras de barro.

sábado, 20 de junho de 2020

Portugal 46: Manoel de Oliveira. Na tela do cinema mundial,


 dominado pelo mercado anglo-saxónico e pelo gosto cosmopolita, ele conquistou um espaço para o cinema português, como arte e cultura irredutíveis.
Desgraçadamente, tal como já não reconhecemos o nosso país, no tempo e no modo como ele se projeta na TV, nas salas de cinema e na panóplia dos multimédia, conhecemos mal a sua obra, estamos vivos e não vemos nem sentimos, enquanto ele, mesmo morto, continua a despertar-nos. com discursos poéticos e longos planos do passado, presente e futuro...e da nossa Humana alma.

quinta-feira, 18 de junho de 2020

Portugal 44: Em forma de oração

Nesta hora, que é de luto e de raiva, rogo a mim mesmo que nunca me esqueça que as primeiras vítimas dos terroristas árabes são os seus próprios povos e que a guerra contra o terrorismo, como todas as guerras, exige sempre uma solução política!

quarta-feira, 17 de junho de 2020

Portugal 43: A Terra fotografada de Marte


Neste pequeno ponto do espaço-tempo cabem todos os dirigentes políticos, administradores, chefes militares e banqueiros...insubstituíveis e, porventura, todos os grandes poetas, músicos, artistas, cientistas...
E a Vida, que transportamos na nossa humana condição, mas que não se resume ao Homem e nos ultrapassa, por ser como uma espécie de ária de fuga, quase imperceptível, que emergiu do silêncio gelado do Universo em expansão…

terça-feira, 16 de junho de 2020

Portugal 42: Mário Coluna

...foi capitão da seleção nacional portuguesa e apoiante da luta anticolonial de Moçambique, tornando-se após a sua independência selecionador nacional deste país irmão. Coluna sabia que não se pode servir a dois senhores, mas pode-se sempre servir a dois povos e nações.

segunda-feira, 15 de junho de 2020

Portugal 41: O legado de Eusébio


Não importa agora que todos o chorem, mesmo aqueles que, no próprio Estádio da Luz, o assobiaram em 1976, quando, crivado de cicatrizes e com um joelho desfeito, o mercado de futebol o dispensou.

sexta-feira, 12 de junho de 2020

Portugal 39:No passamento da baronesa Thatcher


A “dama de ferro” não a vejo, vejo apenas uma velha mulher que a demência poupou ao ódio dos vindouros. Quem virá pôr flores frescas na tua campa, Margaret?

quinta-feira, 11 de junho de 2020

quarta-feira, 10 de junho de 2020

terça-feira, 9 de junho de 2020

Portugal 36: Crise da justiça


Os responsáveis políticos pela legislação da justiça, os governos do arco do poder, que entregaram essa tarefa mas mãos de escritórios milionários de advogados empresariais e financeiros, tiraram a espada à justiça e fizeram dos juízes o bode expiatório. A guerra civil entre os magistrados e advogados fez o resto.

segunda-feira, 8 de junho de 2020

domingo, 7 de junho de 2020

Portugal 34: Balanço político na véspera do meu aniversário


Como os rios, podemos alargar as margens da nossa vida e mesmo mudar e deixar para trás os velhos leitos, mas não o percurso da nascente. O meu partido, de que fui fundador, cansado de viver, suicidou-se e eu, como as nossas velhas mulheres, ainda guardo o seu luto, vinte anos depois.

sábado, 6 de junho de 2020

Portugal 33: Muammar Kadafi


...foi ferido e capturado e logo sumariamente executado, com a mesma brutalidade com que tratou os seus inimigos. Sem que, entre o campo vencedor, se levantasse uma censura. Não sei se a reconciliação nacional e a Líbia democrática, poderão ser construidas sobre este cadáver!

sexta-feira, 5 de junho de 2020

Portugal 32: Este é o sorriso dos corações puros


 e falo do cristal diamantífero. Suspende o seu brilho sobre a criança adormecida nos braços, como uma estrela de luz metálica fende o breu universal e, nesse ato de amor, a vida a si própria se basta.

quinta-feira, 4 de junho de 2020

Portugal 31: Li hoje as crónicas de Lobo Antunes que regressam à infância e juventude na Beira Serra


a presença humana do vento na janela noturna e nos braços das árvores, o negro bafio da igreja e o dorso azul da Estrela, estão naquela memória como sobre a minha pele. Mas é o sopro da vida atravessando a eternidade, que acelera de novo o meu coração, imenso mistério, de onde o afago da criança expulsa a angústia: Não é assim, avó?

quarta-feira, 3 de junho de 2020

Portugal 30: O universo tem mais uma estrela,


...brilhou esta noite pela primeira vez sobre Paris: chama-se Alice, tem 3,350 kg e 49 cm. A Peggy, o Tó e o Lucas, estão a velá-la e eu subi ao céu para a ver melhor.

terça-feira, 2 de junho de 2020

Portugal 29: Os novos submarinos

Olho esta magnífica tecnologia e vêm-me à memória os versos de António Gedeão: "Sou feliz, por ter nascido, no tempo dos homens rãs, que descem aos mares perdidos, na frescura das manhãs".

quarta-feira, 22 de março de 2017

Não

Não, não desaparecemos, morremos apenas desta morte
                                                                                        humana

domingo, 11 de janeiro de 2015

AC :In the cold Dublin (Anita)

In the cold Dublin


Where I never came

wanders my burning shadow 


Portugal 19:Encontrei um dia, à beira de um regato, um cavaleiro moribundo, de cota de malha ensanguentada.


Encontrei um dia, à beira de um regato, um cavaleiro moribundo, de cota de malha ensanguentada. Num fio de voz, disse-me, num castelhano rude e sofrido, que se chamava Cid. E os senhores a quem vendera a espada, o denominaram de campeador, tantas foram as pelejas que travou em seu nome. Tinha os lábios gretados de febre e quando o molhei com o seu próprio lenço, estremeceu horrorizado: a água sabia-lhe a sangue, que já encharcava os campos de Castilla!

sábado, 27 de julho de 2013

Portugal 18: Nas terras galegas há bruxas e meigas, e não é fácil distingui-las.


Nas terras galegas há bruxas e meigas, e não é fácil distingui-las. Parece que os celtas eram bem mais civilizados com as mulheres do que os nossos cristãos romanos que diabolizaram os seus carinhos e capacidade de gerar e cuidar das vidas.

segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

MFQ. Ninguém sabe quando quando se encontraram

Mas lembro-me que havia
                um colar de estrelas
                              no teu pescoço

MFQ.17 Poemas contra o vazio: 1.Holocausto Nuclear



Misericórdia!                                                          Miserere mei

À porta do paraíso
Jazem dois anjos
Exangues!                                                              Miserere mei