terça-feira, 2 de agosto de 2011

Portugal 6: Lá, naquele cemitério de Londres, entre a bruma e a recordação dos poetas maiores, não é verdade oh! Jorge de Sena… repousa o velho filósofo

Lá, naquele cemitério de Londres, entre a bruma e a recordação dos poetas maiores… repousa o velho
filósofo, não é verdade oh! Jorge de Sena, o que não acreditava na bondade do poder dos líderes insubstituíveis, sobretudo os que ganham as eleições. Ele, o samaritano, que percorreu piedosamente as ruas e praças de Paris recolhendo os corpos despedaçados dos comuneiros e, enquanto os amortalhava, escrevia a sangue a sua lição: um corpo de exército de cidadãos, representantes eleitos permanentemente revogáveis, recebendo o salário médio dos trabalhadores. Formidável desafio aos revolucionários de todas as revoluções, aos heróis nacionais, aos grandes reformadores, escrito numa tinta gelada e sombria, iluminada apenas pelo lampejo do pensamento.

Nem faróis, nem paizinhos, nem guia, nem salvador, bicho homem e mulher, aterrorizados pela morte, capazes de tudo para prolongar a vida e por isso, avaros do poder_ esta moral criou-a o ser humano no momento em que passou de animal a humano, desde a primeira civilização babilónica, na época em que Wu Ti construiu os seus jardins ou quando começaram a reinar os imperadores andinos.

A ninguém devia ser permitido governar um país ou uma multinacional mais de um ano. Todos ganharíamos com isso.

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