Ai se soubesse, de todo aquele sangue que
iria regar as pradarias, de um grande império que haveria de nascer sobre as
ossadas de todos os imperadores, se adivinhasses o horror do cogumelo nuclear
arrancando e incinerando 350.000 corações de um só golpe_oh deus-sol que sonhos
de crueldade legaste aos teus sumo-sacerdotes, então, velho capitão,
envelhecerias de terror e sem vestígio de loucura conduzirias as tuas caravelas
para os mares de recifes e sepultarias no abismo corpos e cartas de marear.
É um coro de vozes atormentadas que do fundo da noite faz ranger de novo
o tablado, é um cântico de acalento que cobre os ombros do pobre herói; o corpo
enrugado por quinhentos anos de penitência, mirrado de sal e maresia, estremece
sem descanso e o barco oscila de febre
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