sábado, 30 de dezembro de 2017

Portugal 23: À mesma hora lunar os marinheiros da Pinta regressam aos convés e a alma de Cólon desce ao seu encontro banhada em lágrimas


Ai se soubesse, de todo aquele sangue que iria regar as pradarias, de um grande império que haveria de nascer sobre as ossadas de todos os imperadores, se adivinhasses o horror do cogumelo nuclear arrancando e incinerando 350.000 corações de um só golpe_oh deus-sol que sonhos de crueldade legaste aos teus sumo-sacerdotes, então, velho capitão, envelhecerias de terror e sem vestígio de loucura conduzirias as tuas caravelas para os mares de recifes e sepultarias no abismo corpos e cartas de marear.
É um coro de vozes atormentadas que do fundo da noite faz ranger de novo o tablado, é um cântico de acalento que cobre os ombros do pobre herói; o corpo enrugado por quinhentos anos de penitência, mirrado de sal e maresia, estremece sem descanso e o barco oscila de febre

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