e, jogo após jogo
sofridos, o capitão e os seus companheiros
Mais ninguém, nem um comentador desportivo,
nem um político, sempre à espreita, nem um só dos “grandes adeptos”, que aqui
também a hierarquia mete o povo no seu lugar. Muito menos a Federação de
Futebol, que se preparava para lhe cortar a carreira de selecionador, ao
impor-lhe um contrato que terminava exatamente no fim do Europeu e assim o
manteve, até à final.
Guiado pela
sabedoria de David e quem sabe, pela proteção do mártir de Paris, a quem os
romanos decapitaram, ele, como o santo padroeiro que deu o nome ao estádio da match decisivo e que, mesmo com a cabeça nas mãos, ainda
teve forças para caminhar até à sua igreja, ele, roído pelos invejosos e
ensurdecido pelo matraquear de presunçosas Cassandras, manteve-se em pé, até
atingir o estádio de S. Denis, catedral do futebol parisiense.
E venceu. Muito
para além do que o placard do jogo fixar como o resultado.
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