quinta-feira, 25 de junho de 2020

Portugal 49: Apenas ele, o treinador, acreditava em chegar à final

e, jogo após jogo sofridos, o capitão e os seus companheiros

Mais ninguém, nem um comentador desportivo, nem um político, sempre à espreita, nem um só dos “grandes adeptos”, que aqui também a hierarquia mete o povo no seu lugar. Muito menos a Federação de Futebol, que se preparava para lhe cortar a carreira de selecionador, ao impor-lhe um contrato que terminava exatamente no fim do Europeu e assim o manteve, até à final.

Guiado pela sabedoria de David e quem sabe, pela proteção do mártir de Paris, a quem os romanos decapitaram, ele, como o santo padroeiro que deu o nome ao estádio da match decisivo e que, mesmo com a cabeça nas mãos, ainda teve forças para caminhar até à sua igreja, ele, roído pelos invejosos e ensurdecido pelo matraquear de presunçosas Cassandras, manteve-se em pé, até atingir o estádio de S. Denis, catedral do futebol parisiense.

E venceu. Muito para além do que o placard do jogo fixar como o resultado.

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