Nada sabemos dessa América Latina. Bolivar, que quis criar uma pátria comum às suas nações oprimidas, para enfrentar o novo império estadunidense. Sandino, o general que derrotou os fuzileiros dos EUA e foi assassinado. Marti, libertador de Cuba. Que separa estes homens dos fundadores dos Estados Unidos da América? Ou dos constituintes que tomaram a Bastilha? Ou dos generais camponeses que conduziram Mao até ao final da Longa Marcha? Ou do triunfador do Apartheid, que ao deixar o poder que conquistou com a sua vida aprisionada, ao entregá-lo ao voto popular, mal o possuindo em escassos anos, abriu uma nova luz sobre o estado: liberal-democrático ou socialista. Vencer, para que triunfe o ideal, passar rápidamente pelas cadeiras do poder, para que qualquer outro homem ou mulher o possa ocupar por eleição…. Façamos deste preceito uma lei de bronze: acreditemos apenas nos que a aceitam e praticam. Façamos deste critério o decisivo para acreditar nos políticos. E o suplício de Tomas Moore, não terá sido em vão. E não esqueçamos que com ele regaram a terra a sangue, por todas as liberdades, os 23 milhões de soviéticos que a horda nazi trucidou. E um número talvez ainda maior de chineses, que a nossa história ainda não reconhece como as primeiras vítimas da II Guerra Mundial…e quantos milhões de coreanos, vietnamitas… então, acharão a paz, nos corações das mães, noivas, irmãs, filhas, as almas insepultas de todos os seus jovens inimigos, soldados rasos do imperador, legionários franceses, marines negros, hispânicos e “brancos”. E os nossos soldados e os seus pobres companheiros, traidores à causa da libertação e antigos camaradas, esquecidos em África. E todos os velhos soldados, aquém já não davam préstimo, dormirão sem sobressaltos e serão confortados.
Mas a vida não é
como a pena que desenha os princípios com a linha indelével da tinta da china,
teremos de escolher homens imperfeitos, teremos de lhes dar o voto, o aplauso,
algum sangue juvenil, o trabalho e a nossa inteligência, sabendo, como sabemos,
que irão trair-nos, que nos abandonarão na hora mais sombria, que tomarão o
poder como a força, e dele tirarão proveito vil. E a nossa vida passará,
entretanto…Não importa. Somos todos, quase todos, Alexandre, estátuas de sal.
Sim, a vida é uma passagem.
ResponderEliminarOs politicos tem uma passagem ainda mais rápida... os que nao servem a causa, perdudarão mais tempo, na memória colectiva, pelo mal que causaram aos seus concidadãos.
Nao basta querer uma colectividade, uniforme de individuos. É preciso que eles o queiram e se dediquem à causa.
Havera sempre os privilegiados "mandantes".
É preferivel uma democracia de consenso, do que uma uma "outra" orientada, e, de partido único.