ocupava o tempo a visitar e tratar os doentes e a distribuir
esmolas pelos pobres.
O rei proibiu-lhe
a compaixão e vigiava os seus passos.
Ao vê-la sair do
palácio às escondidas, saiu-lhe ao passo, perguntando o que levava escondido
por baixo do manto.
Respondeu-lhe a rainha:
- São rosas,
Senhor!
- Rosas? Rosas em janeiro? - duvidou o rei!
A rainha Santa Isabel abriu o regaço e tombaram
na rua, em vez de pão, doze flores desse nome.
Transformar pão
em rosas é obra milagrosa, mas que tal suceda em janeiro, no pino do inverno
sem sol, acrescenta ao milagre um valor que só quem trata das plantas conhece:
se a fonte do inimaginável é divina, a intervenção popular é parte intrínseca
do irrealizável, e criadora.
E é assim, pelo
menos desde há mais de 800 anos, em Portugal.
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