sexta-feira, 26 de junho de 2020

Portugal 50: D. Isabel, rainha de D. Dinis,

ocupava o tempo a visitar e tratar os doentes e a distribuir esmolas pelos pobres.
O rei proibiu-lhe a compaixão e vigiava os seus passos.
Ao vê-la sair do palácio às escondidas, saiu-lhe ao passo, perguntando o que levava escondido por baixo do manto.

 Respondeu-lhe a rainha:

- São rosas, Senhor!

 - Rosas? Rosas em janeiro? - duvidou o rei!

 A rainha Santa Isabel abriu o regaço e tombaram na rua, em vez de pão, doze flores desse nome.

Transformar pão em rosas é obra milagrosa, mas que tal suceda em janeiro, no pino do inverno sem sol, acrescenta ao milagre um valor que só quem trata das plantas conhece: se a fonte do inimaginável é divina, a intervenção popular é parte intrínseca do irrealizável, e criadora.

E é assim, pelo menos desde há mais de 800 anos, em Portugal.

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