“ A guerra é um assunto de
importância vital para o Estado, o reino da vida ou da morte, o caminho para a
sobrevivência ou a ruína. É indispensável estudá-la profundamente. Sun Tzu
(544-496 a.C./Século IV A.C.)
Digam-me, se estou enganado:
Sendo a Organização das Nações
Unidas_ ONU, o principal fórum para a cooperação e a paz e o seu Secretário
Geral o português António Guterres, não
seria natural que as suas intervenções e resoluções ocupassem um espaço nobre
na comunicação social do seu país e nas centrais de notícias que dominam as
redes sociais?
Digam-me, porque:
A TV pública e as outras
televisões, rádios e jornais_ que se reclamam das maiores audiências, abrem as
notícias com as letras garrafais das mortes e infectados, mostram até à saturação
imagens dos cemitérios italianos e dos corredores cheios de macas dos hospitais
de Madrid?...
Quando sabem, os seus jornalistas
e redações, que o público não tem, nem tempo nem meios, para analisar a
fiabilidade e o contexto do que selecionam para lhe mostrar, seja um lar em carência, um hospital falho de
recursos… trocado pelo todo; como não possui capacidade para descodificar os
seus códigos ideológicos e político-partidários, nem tão pouco para filtrar a
espuma negra dos protagonismos espúrios, que proliferam em tempo de desgraça e de guerra!?
Respondem-me:
“É preciso, informar tudo!” Têm a
certeza? Que é assim sempre e em especial em tempo de guerra?
Mas se é, porque não reservam
espaço nobre para as Nações Unidas, para os discursos do seu Secretário-Geral e
para as suas resoluções, a entidade mais representativa dos países e das nações
do mundo, o interlocutor e interventor que reúne a sabedoria humana sobre a
ciência e a política, a paz e a guerra.
Amigos e concidadãos, procurem as
fontes originais:
Bebam nelas a informação fiável e
pertinente com que se forma o pensamento
crítico: se sentem como nossa a tragédia dos povos de Espanha ou de Itália,
procurem a informação produzida pela missões que a Organização Mundial de Saúde
constituiu com os Ministérios da Saúde destes dois países, ou com Portugal, ou
a China… se vos preocupa o presente/futuro da economia política, a economia é
uma palavra vazia se não for ligada ao seu significado político-social,
questionem as posições do FMI e do Banco Mundial que preconizam o perdão da
dívida dos países pobres, a qual, em regra,
já pagaram em juros leoninos…e continuem por esse caminho.
As imagens chocantes da TV e as
letras garrafais da imprensa, já não servem para nada, dizem o pouco que já
sabemos e nunca o que escondem.
Agora, o mundo tornou-se mais
complexo, mas mais legível.
Contudo, nada substitui o estudo da arte e das leis da
guerra , que a guerra é a continuação da política por outros meios ( Carl von
Clausewitz, séc. XIX), caminho árduo e interminável, de onde nasce o pensamento
crítico.
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