terça-feira, 21 de julho de 2020

Portugal 70: Não há atalhos para os sonhos!

O professor Fernando Bragança Gil considerava os Museus da Ciência (e Centros de Ciência), os fundadores da 2ª Geração de Museus
Com uma museologia orientada para a literacia participativa _o potencial de aprendizagem dos conceitos científicos, a partir de objetos e equipamentos técnico científicos e não apenas para a contemplação do seu valor intrínseco (enquanto testemunhos materiais da obra da ciência e do seu devir histórico), abriram um novo caminho para a museologia e a literacia científica..
A sua museografia _ o programa de exposições, combina o estudo e exibição de objetos científicos, com uma literacia experimental, baseada não apenas na observação mas também na participação ativa ou colaborativa na descoberta dos conhecimentos e das leis da ciência.
Esta evolução, da 1ª para a 2ª geração dos Museus de Ciência, deu os primeiros passos no início do século XX, mas já sobre a  influência das aulas abertas oferecidas pelo  Conservatoire National des Arts et Métiers  (na primeira metade do século XIX), dando origem ao primeiro projeto plenamente conseguido de Museu/Centro de Ciência de 2ª geração, no ano de 1937, o Palais des Découvertes, fundado sob a direção de Jean Baptiste Perrin, um físico francês que recebeu em 1926 o Nobel de Física, em tempos de efémera Frente Popular!  

E continuou em Portugal, com a fundação do Museu da Ciência da Universidade de Lisboa, obra do professor Doutor Fernando Bragança Gil, finalmente materializada em 1985. O seu fundador e o companheiro  Rómulo de Carvalho (ou António Gedeão, o poeta), já carregavam pela Europa  (e pelo mundo) este sonho, há mais de 20 anos…mas como plantar uma tal semente, numa jangada de pedra!.? Ele fê-lo! Quem quiser conhecer um tal segredo, precisa de percorrer a sua vida e obra. Não há atalhos, para os sonhos.
Guardai esta memória!

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