O desenvolvimento da Organização
Mundial da Saúde (OMS), do seu trabalho de investigação, prevenção e alerta,
foi a resposta que essa mesma humanidade encontrou, para se defender da nova ameaça, que permanecia na memória
coletiva desde a mal denominada Gripe Espanhola de 2018, 20 a 50 milhões de
mortos no mundo (60 a 100 mil em Portugal).
O aparecimento de um vírus
violento e de grande morbidade, voltou a acontecer em 1968, com a Gripe de Hong
Kong, na altura uma colónia inglesa, onde teve origem o vírus Influenza A
subtipo H3N2, uma das gripes com origem nas aves, que causou mais de um milhão
de mortes à escala mundial ( Devemos pedir contas à Grã-Bretanha imperial, e
para apurar as suas responsabilidades, usar os nossos tribunais para levar ao
banco dos réus sua majestade a rainha e os seus governantes e reclamar uma
indeminização, acrescida de juros, como clamaram, já não apenas os Trump e
Bolsonaros, mas o governo australiano, ministros britânicos, e outros, como os
porta vozes dos executivos de Merkel e Makron?).
Mesmo fora do quadro das
pandemias violentas, a OMS, já estimava que as epidemias anuais de gripe comum
costumam atingir de 5% a 15% da população e provocam entre 250 mil e 500 mil
mortes anuais, principalmente entre idosos.
Na última grande pandemia - a
chamada Gripe A, em 2009 e 2010, o vírus começou nas aves, transmitiu-se aos
suínos, onde se misturou com outro e fez nasceu um H1N1 com capacidade
transmissão de pessoa para pessoa. O seu epicentro, passou do México aos EUA e
espalhou-se pelo mundo, chegou a Portugal a 29 de abril de 2009 (primeiro caso
diagnosticado) e viria a atingir 200 mil portugueses - 124 morreram. Mas á
escala do mundo, a perda de vidas humanas superou as 600 mil pessoas.
Em 2003, foi a vez da China, com
uma nova doença respiratória denominada SARS, causada por um coronavírus
parente do atual SARS-CoV-2. E, agora, com o Coronvirus de 2019. (Ver a carta
aberta da cientista Maria do Carmo Fonseca ).
Apesar da dimensão trágica destas
tragédias, a nossa memória vivida não recorda nem grandes paragonas na
comunicação social, nem economias fechadas, nem confinamentos…então, porquê,
agora tudo foi diferente e, progressivamente, todos os países se virão
confrontados com a dimensão real da tragédia e a necessidade de alterar
profundamente as rotinas sociais e pessoais? Porque…
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