segunda-feira, 31 de agosto de 2020

Portugal 93: Anúncio: Conimbriga_ lugar alto, rochoso e fortificado...clean and save


Em cada semana, depois do confinamento, entre três e quadro centenas de pessoas, reiniciaram as visitas, contando já com a presença de turistas internacionais. Foram sobretudo grupos familiares, os casais com filhos.

Na primeira semana de junho, impulsionados pelos dois feriados e pelo chamamento dos visitantes iniciais, esses números elevaram-se a 1.500 pessoas e a origem dos visitantes internacionais alargou-se a novos países e continentes.

Grupos até 20 pessoas, podem agora organizar.se para visitar as ruínas, providos de máscaras no acesso ao perímetro de entrada, facultativas depois, nos espaços ao ar livre. A máscara é obrigatória a partir dos 10 anos de idade. mas aconselhada, segundo o principio da precaução, para os mais novos.
Igualmente com máscaras obrigatórias e aconselhadas para os mais novos, até 12 visitantes no total, podem aceder e permanecer nas duas salas de exposições do museu. Aqui a máscara deve permanecer até ao fim.

Venha connosco, nesta visita ao lugar alto, rochoso e fortificado de Conimbriga...hoje, dia 16 de junho, sob um teto monumental de nuvens e siga as obras de limpeza e consolidação da muralha interior, alargue o seu olhar pelo restolho do vasto planalto, onde avultam claramente as ruínas da cidade e a paisagem mediterrânica, conservada na Mata da Bufarda.

O restaurante e o bar, funcionam novamente.

A entrada nas ruínas, com controle sanitário.
A estrada romana, que vem de Mérida, capital da Lusitânia Romana e de Sellium (Tomar) demanda Aeminium (Coimbra), ladeada de lojas de comércio ( ficaram as caves) , o passeio protegido por um pórtico e a monumental casa (séc. I DC) onde 516 repuxos refrescavam o seu interior, hoje, restaurados e a funcionar de novo.
Nas suas caves, uma colónia de morcegos assegura, com a sua voracidade noturna, que o visitante não tem de se preocupar com a mosquitagem (Em Portugal, os morcegos alimentam-se de traças, escaravelhos, mosquitos, gafanhotos, grilos, libelinhas, aranhas, moscas e lagartos. Por noite consomem, em média, entre um quarto a um terço do seu peso corporal.)
À entrada da casa, os primeiros mosaicos_ o MInotauro, e a muralha ao fundo, mostra os andaimes que sustentam o trabalho de conservação e que o visitante pode acompanhar ao vivo.

Limpeza e consolidação da muralha interior

O anfiteatro das Termas da Muralha

O Fórum, o centro cívico da cidade. As 3 colunas, foram adicionadas para dar ao visitante a dimensão do monumento e contêm detalhes das decorações do seu fuste e capitéis.O lugar do templo assinalado.
O criptopórtico, plataforma erguida para nivelar a construção.
E os vestígios do bairro anterior à ocupação romana.

As Termas do Sul. Debruçadas sobre o canhão fluviocársico do Rio dos Mouros (Tudo o que é antigo, "é dos mouros"). Enquadradas pela mata mediterrânica da Bufarda ( O bufo- real, é a maior rapina nocturna da paisagem envolvente de Conimbriga)

A casa do nobre Cantaber, com as suas termas privadas, uma das maiores domus do mundo romano. A pia batismal da Igreja paleocristã, erguida depois do fim do império. E ainda a Bufarda e os sinais do trabalho de estudo e conservação, que prossegue e é permanente.

A Casa dos Repuxos e os mosaicos do seu interior; O mosaico da caçada, testemunho da biodiversidade da época, o caimão (galinha do mato), decorando os cantos da moldura, os veados selvagens e os nobres, que quando caçavam, treinavam também para a arte da guerra... o trabalho do servo...
O mito de Acteón, que nos remete para a intemporalidade das tentativas do homem de dominar a natureza com as suas tecnologias, colocando-se a si próprio em risco de extinção, mas também para a modernidade da significação da obra de arte e para a sua leitura aberta à diversidade e à participação do leitor, a representação pré-científica do Inverno, a estação em que a vida parece desaparecer da face da terra gelada, em tantos dias como o número de cães que devoraram o agressivo caçador.

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