terça-feira, 11 de agosto de 2020

Portugal 80. “Sem a China, o mundo já estaria em recessão!” (FMI)

De acordo com o Fundo Monetário Internacional, a economia chinesa representa 17,3% do PIB mundial (medido com base na paridade de poder de compra _PPP, o indicador que permite medir a distribuição social da riqueza). Em termos deste indicador, a China ultrapassou os EUA, que liderava a lista mundial desde 1872.
Um aumento de 6,7% do PIB real da China traduz-se assim em cerca de 1,2 pontos percentuais de crescimento mundial. Sem a China, essa contribuição teria de ser subtraída da estimativa de 3,1% do FMI para o crescimento do PIB mundial já em 2016, arrastando-o para 1,9%-muito abaixo do limiar de 2,5% normalmente associado às recessões globais.
Ao contrário da ideia generalizada de que a China prospera graças à conquista dos mercados mundiais para as suas exportações, o PIB da China apenas dependia, no ano 2018, em 18,26% da exportação, ao contrário, o PIB dos principais países da União Europeia depende em grande medida das exportações e o da Alemanha, o seu motor económico, em mais de 42%, sendo a China o seu principal mercado comprador. Embora a China seja a maior exportadora mundial, a sua estratégia económica assenta no desenvolvimento do  imenso mercado interno, pelo que, se medirmos a evolução das exportações em 10 anos, verificamos que elas representavam 31,12% em 2008  e foram caindo sempre, todos os anos, até os referidos 18,26% em 2018.
Esta tendência é muitas vezes escamoteada, porque não casa com a propaganda anti China que a apresenta como açambarcadora de mercados, visando a hegemonia mundial.
A China estabeleceu como objetivo da sua economia política, erradicar a pobreza em 2010 e consegui-o, retirando dessa condição 800 milhões de chineses e colocou como uma nova meta fazer crescer a sua classe média até mil milhões de cidadãos até 2050, e já ultrapassou metade desse objetivo. Pela escolha deste caminho, cresce o seu mercado interno!
Tão pouco a diminuição recente da taxa de crescimento do PIB se deve a uma menor pujança da sua economia, antes sim a uma mudança de paradigma de desenvolvimento sustentável, no que concerne à “economia socialista de mercado”, teorizada pelo próprio presidente XI Jinping.

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