Este é um testemunho sobre a dignidade humana, que arrisca a vida para cumprir o supremo dever da sua profissão e da cidadania, salvar da morte "o outro"...ser humano.
Inclino-me perante a grandeza da
luta desta mulher, mãe, médica, e, graças ao seu testemunho, encaro com outra
serenidade e ânimo, o combate que travamos em Portugal e no mundo.
Compare-se os cuidados éticos do
trabalho dos jornalistas e a postura moral desta médica, com o culto da
desgraça que prevalece na nossa comunicação social e o aproveitamento político
da dor, do medo e do luto dos portugueses.
E sobretudo, confronte-se, o modo
como a incomensurável autoridade moral daquela médica e mãe de família, nunca
perde o sentido da humildade, com os que, da sua couraça mediática, levantam o
dedo acusador à presidência, ao governo, ao serviço nacional de saúde, e acusam os que conduzem e travam a guerra contra a pandemia...não lhe
reconhecendo nem mérito, nem esforço, nem as pequenas vitórias.
Antes proclamando, sem pudor, a
superioridade dos seus dogmas e ambições, perante um inimigo mal conhecido mas
imensamente poderoso: eles, já tinham avisado, tiveram sempre razão... os
outros, falharam e são os culpados das mortes, enquanto eles, saberiam como
fazer se mandassem, teriam salvo essas
vidas e contido a pandemia, com a sua receita milagrosa, mas, acima de tudo...
se tivessem nas mãos o poder_ na presidência, no governo, no setor da saúde...
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