sexta-feira, 19 de fevereiro de 2021

Portugal 109: Para onde vai a nossa consciência? Reflexão sobre a vida e a morte, Oh! Unamuno!

Cada ser humano é como uma ária de fuga, única e diversa, que se ergue sobre o silêncio gélido do universo,

Isso é filosofia, mas também é ciência e a poética que cai sobre os versos traz um pouco de cada uma delas, enquanto Deus espera para nascer!

Não, nenhuma evidência, nenhuma equação matemática, nos provou ainda que a vida também existe entre os biliões de mundos do universo e os milhões que, como o nosso, são o terceiro filho de uma estrela.

E, por isso, o meu pensamento se concentra no significado do nosso humano despertar de matéria viva, entre a chuva das moléculas de carbono e o bafo quente dos vulcões, no azul profundo dos oceanos  ou à flor das rochas primitivas.

Terrível responsabilidade a nossa, se afinal somos parte interior desse universo em expansão, criaturas que já se geravam para a complexidade do viver ao  beberem o leite incandescente dos primeiros tormentos da luz primordial e assim viemos a ser, a primeira matéria pensante desse espaço/tempo/multidimensão/imenso, que corre abaixo e acima da velocidade da luz,  povoado de luz negra, matéria negra e grãos de poeira azul, como é a terra.

E assim deverá também ser a nossa consciência, forma superior de evolução dos tijolos da matéria, a consciência  como partícula mais fina que o bosão de Deus…Se assim formos,  tal nos cumpre viver e preservar a vida para além dos espaços siderais (Jorge de Sena, soube-o primeiro)  e inútil se torna tudo o que é desumano, o império e o imperador, a guerra vitoriosa e o seu general, as pátrias, mas só as de fronteiras fechadas, as maravilhas  da indústria autómato e o tenumbre da negra e invisível finança…e todas as vidas ganham o mesmo  peso e sentido, e, se por causa da violência política e da incúria social, cada morte na sua perda se torna  absurda e  insuportável.

E é então, oh! Epicuro, que a morte não é nada, se é que ela está ainda  presente quando a consciência passa (?) das volutas cerebrais, que já fenecem, para…( o todo? Oh! Bento Espinosa)  (d) o universo!


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