Cada ser humano é como uma ária de fuga, única e diversa, que se ergue sobre o silêncio gélido do universo,
Isso é filosofia, mas também é ciência
e a poética que cai sobre os versos traz um pouco de cada uma delas, enquanto
Deus espera para nascer!
Não, nenhuma evidência, nenhuma
equação matemática, nos provou ainda que a vida também existe entre os biliões
de mundos do universo e os milhões que, como o nosso, são o terceiro filho de
uma estrela.
E, por isso, o meu pensamento se
concentra no significado do nosso humano despertar de matéria viva, entre a
chuva das moléculas de carbono e o bafo quente dos vulcões, no azul profundo
dos oceanos ou à flor das rochas
primitivas.
Terrível responsabilidade a
nossa, se afinal somos parte interior desse universo em expansão, criaturas que
já se geravam para a complexidade do viver ao beberem o leite incandescente dos primeiros
tormentos da luz primordial e assim viemos a ser, a primeira matéria pensante
desse espaço/tempo/multidimensão/imenso, que corre abaixo e acima da velocidade
da luz, povoado de luz negra, matéria negra
e grãos de poeira azul, como é a terra.
E assim deverá também ser a nossa
consciência, forma superior de evolução dos tijolos da matéria, a
consciência como partícula mais fina que
o bosão de Deus…Se assim formos, tal nos
cumpre viver e preservar a vida para além dos espaços siderais (Jorge de Sena,
soube-o primeiro) e inútil se torna tudo
o que é desumano, o império e o imperador, a guerra vitoriosa e o seu general,
as pátrias, mas só as de fronteiras fechadas, as maravilhas da indústria autómato e o tenumbre da negra e
invisível finança…e todas as vidas ganham o mesmo peso e sentido, e, se por causa da violência
política e da incúria social, cada morte na sua perda se torna absurda e insuportável.
E é então, oh! Epicuro, que a
morte não é nada, se é que ela está ainda presente quando a consciência passa (?) das
volutas cerebrais, que já fenecem, para…( o todo? Oh! Bento Espinosa) (d) o universo!
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