Dele se dirá, como de Torres, o bom gigante, ou Coluna, que serviu duas nações, e mesmo Eusébio, o imortal, que nunca ninguém deu tanto, por tão pouco, aos donos da bola!
Quero recordar o menino que nasceu no Barreiro operário, dos gazes tóxicos, para quem o futebol era o caminho para não sofrer o trabalho adolescente.
Serviu o desporto rei em Portugal e nunca se serviu dele.
Com a sua morte, perdemos uma parte da nossa juventude, quando jogávamos e o víamos jogar, por amor à camisola.
Por ser assim, é que o futebol de hoje pouco nos diz e a sua perda, tanto nos dói.